Por Sérgio Giannetto
É sempre importante lembrar a história do 1º de maio que teve origem na luta da classe operária pela redução da jornada de trabalho. Em 1866, essa foi a data marcada para uma greve geral nos Estados Unidos.
Os trabalhadores e trabalhadoras que enfrentavam jornadas de mais de doze horas lutavam para reduzi-las a oito horas. A greve se estendeu por mais de cinco mil fábricas. Muitos patrões cederam, mas em Chicago, houve resistência. Seguiram-se dias de confronto com a polícia. Houve mortos e dezenas de feridos. Os líderes do movimento que sobreviveram foram presos e alguns deles condenados à morte.
De lá para cá, os (as) trabalhadores (as) se organizaram e através da luta conquistaram muitos direitos ao redor do mundo.
Por aqui, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – não por acaso promulgada num 1º de maio – é a maior delas. Passou a valer em 1943 e garantiu àqueles que têm carteira assinada o direito a férias, décimo terceiro, FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), descanso remunerado, licença maternidade entre outros direitos.
Vale lembrar, todos conquistados com muita luta, negociação, mas principalmente com a união dos trabalhadores e destes com seus respectivos sindicatos.
Nós do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro seguimos na luta e mantemos posição firme contra a política do atual governo que tenta de todas as maneiras tripudiar os trabalhadores e trabalhadoras seja retirando direitos alterando a legislação trabalhista ou ainda desmerecendo as categorias.
Temos ainda mais um desafio: resistir à privatização. Os portos movimentam mais de 95% das cargas importadas e exportadas do Brasil, de acordo com dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Passá-los à inciativa privada significa pôr em xeque a soberania nacional e abrir mão de uma fonte valiosa de recursos para o Estado Brasileiro, além de provocar um grande aumento no número de desempregados.
Viva o trabalhador e a trabalhadora!
Sérgio Giannetto é presidente do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro