Há exatos 29 anos atrás, metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) iniciavam sua greve, que contou com mais de 30 mil funcionários, e ocupavam a Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ).
Na época o Brasil vivia um período de aprofundamento da crise com inflação galopante e arrocho salarial, em meio as bandeiras de protesto a principal reivindicação era justamente o a imediata aplicação dos direitos constitucionais e a reposição salarial.
Após confronto com a Polícia Militar os trabalhadores tomaram o controle da empresa e então a Justiça foi solicitada bem como o Exército.
A tragédia estava anunciada! Em um ato de repressão violenta aos trabalhadores que estavam ali, lutando de forma pacífica para garantir seus direitos, tropas do Exército invadiram a empresa. Três trabalhadores foram mortos a tiros (Carlos Augusto Barroso, 19 anos; Valmir Freitas Monteiro, 22 anos; e William Fernandes Leite, 23 anos. Outras 31 pessoas acabaram feridas.
Apesar da ditadura já ter acabado, a coibição seguia os mesmos moldes do período anterior. A tragédia ficou conhecida como “massacre de Volta Redonda” e os três operários assassinados viraram símbolo de luta da classe trabalhadora do Rio de Janeiro.
Hoje, quase 30 anos depois, o governo Temer tenta afrontosamente apagar essa e outras histórias que marcaram a classe trabalhadora do nosso país, por isso, mais do que nunca temos que estarmos unidos para confrontarmos os desmontes que esse (des)governo quer nos empurrar goela abaixo.
O dia 9 de novembro sempre será lembrado.
Wiliam, presente!
Valmir, presente!
Barroso, presente!!!