Foi no bojo das manifestações pela redução da jornada de trabalho que 129 tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, na primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. Asfixiadas, dentro de um local em chamas, as tecelãs morreram carbonizadas.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro.
Nos nossos portos, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço. Seja trabalhando em cargos tradicionalmente ocupado por homens, seja assumindo a liderança do movimento sindical, as portuárias seguem na luta. Na Guarda Portuária, nas Gerências, Superintendências e Diretorias da Companhia Docas, empresas arrendatárias e em todas as áreas, as mulheres estão assumindo papéis de destaque em busca da sua representatividade.
Nós, do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro, estamos abertos à participação feminina, às reivindicações das trabalhadoras e ao debate político, social e cultural para que possamos sair cada dia mais fortalecidas em nossa luta.
Feliz dia de luta, mulher!