Dois gases explosivos que estavam em parte dos 115 cilindros com gases tóxicos “esquecidos” no Porto de Santos já foram destruídos. A balsa que transportou os produtos perigosos deixou o cais santista na última quinta-feira (24) e chegou ao local em alto-mar determinado para a operação, a 93 quilômetros da costa, no sábado (26).
Agora, o diborano e o diazometano já não oferecem riscos à população. A destruição dos gases deve ser concluída em até um mês.
“A operação está acontecendo e já está bem adiantada. Correu tudo bem no transporte até o local indicado e a reação para os gases já destruídos foi melhor do que esperávamos”, destacou a agente ambiental do Ibama Ana Angélica Alabarce, que supervisiona a operação.
Entre as cargas, havia 15 cilindros com diborano e oito com diazometano. Outros 41 recipientes ainda estão com silano, 34 com fosfina, 16 com cloreto de hidrogênio e um com trifluoreto de boro, todos tóxicos ou explosivos.
De acordo com o plano de trabalho, a operação para os produtos explosivos (diborano e diazometano) foi feita à distância, com acionamento remoto. “Eles foram guilhotinados. As válvulas foram cortadas”, explicou a agente.
Já para o silano, foi construído um reator, que será usado na destruição. A fosfina será eliminada mediante pirólise, um fenômeno de destruição térmica. Foi elaborado, ainda, um sistema de lavagem de gás para o cloreto de hidrogênio e o trifluoreto de boro. Com isso, os produtos perderão o risco de contaminação e serão trazidos de volta ao cais santista.
Após a destruição dos gases, a balsa, as roupas da tripulação e os cilindros serão descontaminados antes do desembarque no Porto.
Fonte: A Tribuna