Notícias Corporativas Aparelhamento sem fim na Docas do Rio e um novo modelo para os portos brasileiros

Retrato fiel do jogo de interesses e da ausência de comprometimento com o País, a nomeação de diretores para a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) respeita apenas uma regra: a indicação forçada de políticos influentes na estatal. Não que o cenário seja muito diferente nas demais Docas, mas no Rio a falta de compromisso com o negócio público tem sido mais grave.

O já conhecido aparelhamento sem critério nos cargos da Companhia resulta em ineficiência na fiscalização e em grande desconfiança do mercado. Os diretores nomeados ficam pouco tempo nos cargos em comparação às outras Docas, o que é um feito de assustar.

A CDRJ é um grande feudo do PMDB, abrigando parceiros de nomes como Eduardo Cunha e Leonardo Picciani, e atualmente da deputada Soraya Santos, que herdou o poder do ex-deputado e, vejam só, seu marido Alexandre Santos. Diante de tal cenário, sobra bajulação e falta trabalho na administração dos portos do Rio.

Outros cargos de confiança são leiloados sem qualquer critério, como os de gerência e de chefe de gabinete. Essa é a triste realidade de uma importante empresa pública brasileira. As declarações oficiais sobre aperfeiçoamento da gestão dessas companhias somente caem, cada vez mais, em um profundo descrédito.

Fonte: PortoGente