Representantes da Federação Nacional dos Portuários (FNP) e da União Nacional dos Participantes do Portus (Unapportus) se reuniram, nesta sexta-feira (4), em Brasília, com o diretor superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), José Maria Rabelo, para tratar do Portus.
Rabelo informou aos trabalhadores que nas próximas duas semanas a Previc irá analisar o inquérito administrativo realizado com intuito de apurar na esfera administrativa as causas que levaram o Portus ao desequilíbrio econômico.
Sob intervenção desde agosto de 2011, o fundo de previdência enfrenta problemas financeiros devido à inadimplência das patrocinadoras – companhias Docas e outras administrações portuárias. Estima-se que essas empresas devam mais de R$ 3 bilhões ao Portus, referente à falta de repasse de contribuição. A União, sucessora da extinta Portobras, deve cerca de R$ 1,2 bilhão ao instituto.
De acordo com o presidente da FNP, Eduardo Guterra, o diretor superintendente da Previc afirmou mais uma vez que o governo federal trabalha para solucionar a situação do Portus e não tem a intenção de liquidar o fundo.
A pedido da Federação Nacional dos Portuários, na próxima quarta-feira (9), os trabalhadores portuários devem ser recebidos pelo ministro da Previdência Social, Garilbadi Alves Filho.
Participaram da reunião na Previc o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, o presidente da União Nacional dos Participantes do Portus (Unapportus), Vilson Balthar, o presidente da Associação de Participantes do Portus em Santos, Odair Oliveira e a advogada, Marcelize Azevedo, do escritório Alino & Roberto Advogados, que presta assessoria jurídica à FNP.
Pela Previc além do diretor superintendente, estiveram presentes o coordenador de regimes especiais, Dagomar Anhê, o coordenado de estudos e normas, Adriano Cardoso Henrique e o diretor de fiscalização, Sérgio Djundi Taniguchi.
Mobilização nacional
Em setembro deste ano, os portuários intensificaram mobilização em defesa do Portus, com objetivo de sensibilizar o governo federal para a difícil situação financeira do fundo. Em 3 de setembro, trabalhadores ativos e aposentados de todo o país fizeram manifestação em frente à sede da entidade no Rio de Janeiro. As instituições representantes do participantes do Portus também têm buscado o diálogo com o governo federal.
Fonte: FNP