Trabalhadores das Companhias Docas de 10 portos brasileiros começaram na manhã desta sexta-feira uma greve de seis horas contra o que eles reclamam ser uma crescente privatização do setor.
O Sindicato dos Portuários RJ aderiu ao movimento após reunião com a FNP em Brasília, onde ficou decidido: Greve de 6 horas nesta sexta (24) e na quinta-feira (30), por 24 horas, a partir das 7 horas. A greve nos portos do Rj teve adesão total da categoria.
Os trabalhadores reivindicam a revisão do reenquadramento dos empregados e reposicionamento dos aposentados, a regulamentação da guarda portuária sem terceirização e uma solução para o Portus, o fundo de previdência complementar da categoria. O Portus enfrenta dificuldades para pagar benefícios de seus assistidos devido à inadimplência das patrocinadoras (Companhias Docas) e da União.
Uma questão que causa polêmica é a regulamentação da Guarda Portuária. Em novembro de 2013, a Secretaria apresentou proposta aos trabalhadores que permite a contratação de segurança privada para a vigilância dos portos. Para os trabalhadores a terceirização da atividade representa um risco à segurança portuária.
Segundo o presidente dos Sindicato do Portuários, Sérgio Giannetto, é lamentável que pontos básicos da relação Portuário-Docas sejam sempre tratados no excessivo esforço e total esgotamento da credibilidade em que a categoria se encontra. O que fortalece a luta é a confiança depositada no Sindicato de classe que incansavelmente promove o bom debate avançando novas conquistas.
Por Patricia Gavazzoni, assessora de comunicação do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro com informações da FNP