Crivella quer gestão do Porto do Rio nos moldes de Roterdã

O Porto de Roterdã, na Holanda, o mais importante em atividade econômica na Europa, servirá de modelo para o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, implementar o projeto de municipalização das operações portuárias na cidade. Com esse objetivo, Crivella assina nesta sexta-feira (16) protocolo de colaboração com representantes da Port of Rotterdam Internacional, empresa que administra o porto holandês e movimenta cerca de 465 milhões de toneladas por ano, mais do que o dobro do segundo maior porto europeu, Antuérpia, na Bélgica, e três vezes mais do que o Porto de Hamburgo, na Alemanha.

Em abril passado, ao entregar a proposta de municipalização ao ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, em Brasília, o prefeito Marcelo Crivella lembrou que a União já havia concedido a gestão de portos a outros municípios do País. Crivella ressaltou a importância econômica e estratégica para a cidade e para o estado, acrescentando que o Porto do Rio tem capacidade para movimentar  5,5 milhões de toneladas de carga. Na ocasião, o prefeito estimou que a municipalização do porto renderia receitas de, no mínimo, R$ 100 milhões por ano.

No Brasil, a empresa holandesa tem participação no futuro Porto Central, no Espírito Santo, e deve assumir a gestão de Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará. O Porto de Roterdã tem complexo industrial, logístico e de serviços conectado pelo mar ao mundo e por via fluvial e terrestre ao centro da Europa. O complexo industrial inclui galpões e tanques de armazenamento de produtos, refinarias, indústrias químicas, bioenergéticas e alimentícias, plantas de produção de energia (carvão, gás, biocombustíveis).

A empresa que administra o porto holandês busca criar uma rede de portos na Europa, América Latina, Oriente Médio e Caribe, além de deter 50% de participação no Porto de Sohar, em Oman (Península Arábica), cujo movimento de carga cresceu de 4 milhões de toneladas para 45 milhões de toneladas nos últimos dez anos.

Fonte: Jornal do Brasil