Mulheres param no Brasil e no mundo no 8M

As manifestações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, levaram milhares de mulheres as ruas de norte ao sul do Brasil e em todo o mundo.

Com o lema “Aposentadoria fica. Temer sai. Paramos pela vida das mulheres” cerca de 50 mil mulheres marcharam entoando palavras de ordem e cantando pelos seus direitos.

Representando organizações feministas, sindicatos, partidos e movimentos sociais, as mulheres foram às ruas em um ato que durou mais de 5 horas, no trajeto que saiu da Candelária, passou pela ALERJ e terminou com a tomada da praça XV no centro do Rio de Janeiro.

O Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro somou-se as manifestações com sua representação feminina e uma faixa com os dizeres: “É preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana SEMPRE! Mulheres Portuárias NA LUTA!” mostrando nosso apoio e nosso protesto pela igualdade de direitos, contra a violência, pelo fim da cultura machista, pela igualdade salarial no mercado de trabalho, contra os retrocessos sociais e contra as Reformas Trabalhistas e Prevideciárias que querem retirar direitos da classe trabalhadora.

Para cientista política do Sindicato dos Portuários que também esteve presente na ocasião, Beatriz Bandeira, o ato foi maior do que se esperava: “Há muito não víamos um ato dessa magnitude. Mostramos o tamanho da nossa força pro Brasil e pro mundo. Estamos e estaremos juntas contra todo retrocesso e todas as reformas propostas por Michel Temer, vamos a Luta!”, ressaltou.

O ato de ontem mostrou que todas as categorias se uniram, em vozes femininas, para reafirmar que a luta permanece contra a violência, contra o avanço da direita conservadora e contra as reformas que um governo retrógrado tenta implantar em nosso país.

“O dia 8 de março não nos foi dado, foi conquistado através de muita luta, suor e sangue feminino para provar que somos a resistência e com um único sentimento que não mais nos calaremos, estivemos ali na figura do Sindicato dos Portuários para denunciar cada vez mais esse cenário e dizer que não vamos aceitar mais retrocessos. À nós, mulheres, nada é dado, conquistamos nosso espaço diariamente e não descansaremos até que todas tenham voz, é preciso ter força, sempre!”. Finalizou Patricia Gavazzoni, Jornalista do Sindicato.