Na ALERJ sempre imperou máxima de que “vão-se os anéis e ficam os dedos”. O jogo das cadeiras mudava a foto e mantinha as mãos. Chegou a hora de sacudir o tabuleiro, derrubar o rei e entregar o jogo aos peões.
A CUT sempre esteve na rua para defender os trabalhadores. Por salários justos e pagos em dia para os funcionários públicos. Por saúde pública e políticas de segurança que tenham o cidadão como foco. Em suma, tudo que vai contra o que foi feito por décadas e que envergonhou aquela casa do povo.
Os presos do PMDB estão reclusos devido a uma denúncia. Não nos enganamos por um segundo que é uma prisão preventiva, e como tal, necessita de um processo legal e com direito a defesa como todo cidadão brasileiro.
O PMDB colhe os frutos da própria demolição do Estado Democrático de Direito, onde pessoas são presas e assim mantidas como forma de acalmar o clamor popular pelo combate a corrupção.
Queremos que sejam presos, todos os culpados. Todos os que transformaram o Rio de Janeiro no mais surreal exemplo de aparelhamento do Estado para fins de corrupção.
Já ultrapassamos há anos o limite do óbvio sobre o que acontece no Rio de Janeiro. Os esquemas estão parasitariamente moldados nos pilares da ALERJ de tal forma que não conseguimos identificar onde terminam os ilícitos e onde começam as atividades puramente motivadas pela prática do exercício legislativo.
Acreditamos que as acusações e denúncias sejam muito bem embasadas, mas em situações normais de funcionamento das instituições, o procedimento legal tem fases até se declarar um suspeito como culpado.
Se demoliram os procedimentos legais, o Estado Democrático de Direito e fizeram do incomum o normal, o que faz a Família Marinho solta? Assim como os Picciani estão acusados. Acusados amplamente, noticiados pela própria imprensa global, de pagamento de propinas e sonegação fiscal. Isso não os diferencia muito do atual caso do clã que presidiu a ALERJ por 20 anos.
Não estamos defendendo que os deputados votem contra a determinação de prisão dos Picciani a reboque do que o congresso federal fez no caso Aécio, mas sim que também se prendam os Marinho.
Fonte: CUT