Portuários aposentados e ativos de todo país realizaram um protesto na manhã desta terça feira (03), em frente à sede do PORTUS – Instituto de Seguridade Social – RJ. O motivo da manifestação é a prorrogação pela sexta vez da intervenção do fundo de pensão.
Por isso, a categoria decidiu pressionar o governo federal, chamando atenção para situação financeira do Portus. A exigência feita pelos trabalhadores é uma solução definitiva para o rombo financeiro no fundo de previdência complementar da categoria.
O evento contou com mais de 250 pessoas, entre militantes e dirigentes da Federação Nacional dos Portuários, da CUT, do Sindicato dos Portuários do RJ e dos demais sindicatos de portuários.
Além da manifestação na sede do instituto, os portuários seguiram em passeata até a CDRJ – Companhia Docas do Rio de Janeiro, onde foram recebidos pelo presidente da empresa, Jorge Mello.
Em reunião sugerida por Jorge Mello no decorrer do ato, um grupo de representantes da categoria expôs suas reclamações e pediu apoio. O presidente da empresa se colocou à disposição e disse que estaria também engajado na luta, deixando assumindo dois compromissos: levar a questão a todas as reuniões de trabalho com a SEP e demais Companhias Docas e tratar do assunto com o ministro.
O último relatório da intervenção, em 2011, constatou que o fundo acumulou o déficit de R$ 87 milhões. O Portus chegou a esse desequilíbrio devido à inadimplência de cerca de R$ 3 bilhões das patrocinadoras (as companhias Docas). Conforme dados do Comitê Nacional em Defesa do Portus, 57% desse valor correspondem à falta de repasse de contribuições e reserva técnica de serviço anterior da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A CDRJ é responsável por 25% da dívida.
A falta de recursos do plano afetará em média 30 mil pessoas, incluindo ativos, pensionistas e dependentes.
Por Patrícia Gavazzoni, assessora de comunicação do Sindicato dos Portuários- RJ