Cerca de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras, dos setores público e privado, pararam o centro do Rio de Janeiro na tarde de ontem em protesto contra o projeto de Reforma da Previdência de Michel Temer. Organizado pelas centrais sindicais o ato saiu da Candelária às 17h30 e seguiu para a Central do Brasil onde foi encerrado por volta das 18h30 com falas de dirigentes e representantes de movimentos sociais.
Somando forças a cada metro percorrido, a mobilização fez parte do Dia Nacional de Luta e Paralisação que contou com a adesão de diversos setores em todo Brasil, dentre eles o portuário.
A agenda de atividades da categoria portuária foi extensa. Pela manhã, dirigentes do Sindicato do Rio participaram de caminhada organizada pela Intersindical da Orla Portuária que percorreu o trajeto entre os Armazéns 18 e 24, partindo a Av. Rodrigues Alves próximo a Rodoviária Novo Rio. Depois, seguiram para a sede da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) onde proferiram palavras de ordem para os trabalhadores da empresa alertando para os perigos da Reforma da Previdência. Na parte da tarde, os portuários do Rio se juntaram ao ato unificado na Candelária e caminharam com milhares de trabalhadores. Foi um dia intenso de mobilizações e paralisações das quais a categoria portuária participou ativamente.
O presidente do Sindicato Sérgio Giannetto, que estava em Brasília, acompanhou as paralisações no Rio e alertou que este foi apenas o primeiro dos vários atos que serão realizados contra as Reformas. “Estive em Brasília cumprindo agenda de luta mas não deixei de acompanhar os protestos dos portuários no Rio de Janeiro. A categoria portuária é historicamente uma categoria combativa e no dia de hoje não poderia ser diferente. Estou certo que participaremos de todos os atos que virão. O trabalhador portuário é de luta!”, disse.