Sindicato dos Portuários do Rio participa do ato #OcupaBrasília

Cerca de 200mil pessoas se reuniram ao longo da Esplanada dos Ministérios em marcha contra as reformas e pela renúncia do presidente Michel Temer. O ato, que foi um dos maiores já realizados na capital do país, organizado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, contou com a participação de milhares de trabalhadores do Brasil. Caravanas de todos os estados não paravam de chegar mesmo após o início da caminhada, que saiu do Estádio Mané Garrincha e foi em direção ao Congresso Nacional.

Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Força Sindical, da Frente Brasil Popular, da Frente Povo Sem Medo, da União da Juventude Socialista (UJS), do Levante Popular da Juventude, do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e demais forças populares e progressistas compareceram ao ato e manifestaram repúdio as Reformas Trabalhista e Previdenciária entoando o “Fora Temer”.

A categoria portuária também marcou presença através dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Portuários (FNP), da Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios nas Atividades Portuárias (FENCCOVIB). Representando o Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro estavam os diretores Walter de Paula Filho, Valclides do Nascimento e o Presidente do Sindicato, Sérgio Giannetto, que na ocasião declarou: “Nós trabalhadores portuários estamos juntos na luta, o nosso papel é defender o país e conquistamos o direito de escolhermos quem queremos que governe nossa nação. Não nos curvaremos diante de uma reforma da Previdência onde apenas os bancos e os grandes devedores são contemplados empurrando suas previdências privadas goela abaixo dos trabalhadores, não aceitaremos uma reforma trabalhista que rasga nossa CLT e anula direitos duramente conquistados ao longo desses anos, não nos calaremos diante do desmonte que esse governo está tentando fazer com a classe trabalhadora, estamos hoje aqui, enquanto categoria portuária, nos unindo aos trabalhadores de todos os cantos do país para mostrar o que o povo brasileiro anseia: FORA TEMER, DIRETAS JÁ!”,

Em contraste com o andamento do movimento, que se manteve pacífico durante todo o tempo, ao final da caminhada Black Block’s confrontaram a Polícia Militar que aproveitando essa situação retrucou violentamente com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, spray de pimenta, tiros de bala de borracha e mesmo de armas de fogo — com munição letal, para tentar dispersar os manifestantes e sufocar o protesto. Homens, mulheres e crianças que caminhavam em concordância com a marcha foram feridos enquanto tentavam chegar ao Congresso Nacional. Em repúdio ao confronto com a Polícia Militar, as centrais sindicais orientavam que os manifestantes não cedessem as provocações e não avançassem enquanto houvesse a confusão.

As centrais sindicais apontam a partir de agora para uma nova Greve Geral, ainda maior que a do dia 28 de abril, caso não haja um posicionamento do Governo Federal com Diretas Já e a imediata retirada das reformas de pauta. É hora de resistir nas redes e nas ruas. Sem democracia não há futuro!

Fonte:
ASSCOM Portuários Rio