No dia 27 de Março de 2014, o Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro realizou um ato público em protesto do sucateamento da Guarda Portuária em razão da omissão e/ou incompetência de seus gestores, o que contou com grande numero de componentes desta categoria.
Atualmente a GP do Rio de Janeiro vem trabalhando em condições de total descaso. Viaturas e ônibus em completo abandono onde é comum ter que empurra-las para que peguem no tranco. Isso, quando não, tendo que se fazer a rendição em carros particulares ou, ainda mais absurdo, na caçamba das viaturas, pondo em risco a vida dos companheiros, em total desrespeito ao Código de Transito, passando por vias de intensa movimentação do Rio de Janeiro, até adentrar no Porto. Mesmo tendo um setor de viatura e um contrato de manutenção.
Há mais de três anos numa licitação para aquisição de uniforme temos hoje, sua entrega incompleta, faltando diversas peças do uniforme, obrigando os colegas a adquirirem as peças por meios próprios, devido ao péssimo estado dos atuais uniformes, o que é completamente irregular, visto que é obrigação da empresa fornecer tanto os uniformes COMPLETOS, bem como os EPI’s. Mas experimenta dizer que não tem calçado, por exemplo, se não te obrigam, achando natural você se virar.
A SEDE da Guarda é um antro de ratos e mosquitos. Em dia de chuva, chove mais dentro do que fora. Levou anos na promessa de que seria reformada, e por fim, depois de estar em condições lamentáveis, não reformam, pois agora alegam que será construída em outro lugar. O que levara mais um par de anos. Agora, mal e porcamente, a única reforma que ocorreu foi na área em que se aloja a chefia. Também pudera!
O que é mais grave talvez, por ser afeto a nossa função, é o porte de armas de mais de 90% estar vencido, e mais uma vez, comprometendo seriamente o plano de segurança do porto, colocando em risco a vida e a atividade dos colegas na fachada que por dever de oficio, tem a obrigação de agir, afetando a segurança do Porto por pura incompetência, omissão ou conivência desta Superintendência em realizar licitações, visto que os portes tem validade previsível e um mínimo de planejamento poderia ter amenizado tal absurdo.
Ainda dentro do plano de segurança, voltamos à idade das cavernas onde tudo é feito de forma manual e “burrocrática” com permissões de papel, sem nenhum outro instrumento de controle eletrônico, biometria, cancelas, cartão magnético, etc. Na base do “cara, crachá”. Há vários anos nosso CFTV encontrasse desativado. Em 2007 foi inaugurado um sistema eletrônico de cancelas junto com um CFTV que cobria toda área interna do Porto. Seu funcionamento durou apenas para a visita da CESPORTOS. Descaso com dinheiro publico. Se hoje tivéssemos uma vistoria certamente o Porto perderia certificação, tamanha é a omissão com a instituição.
Levamos para a SEP, na ocasião da Regulamentação, todas essas demandas. Levaremos uma comissão da Guarda Portuária do Rio de Janeiro para uma reunião especifica com o Ministro, onde externaremos nossas insatisfações e cobrando ações mais enérgicas com relação aos desmandos e descasos a que somos submetidos.
Reiteraremos as denuncias feitas no Ministério do Trabalho.
Ainda, estamos enviando uma correspondência ao Consulado dos Estados Unidos e à COMPORTOS demonstrando a grave violação ao ISPS-CODE.
A Guarda Portuária do Rio de Janeiro não esta pedindo melhorias no sentido de avançar em conquistas, as quais seriam justas, mas pede respeito para ter o mínimo necessário para manutenção e exercício de suas atividades.
Paulo César Soares