Fonte: G1 Santos
Temporada brasileira vai até o dia 24 de abril no Porto de Santos.
A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, que pertence a Cruise Lines International Association, principal autoridade da comunidade global de cruzeiros marítimos, listou uma série de informações e medidas adotadas nos navios diante da disseminação do coronavírus no mundo. O objetivo de elucidar, orientar e tranquilizar as pessoas em relação às viagens de cruzeiros dentro e fora do Brasil.
O Porto de Santos, no litoral de São Paulo, é a capital nacional dos cruzeiros marítimos e o mais importante porto para embarque de passageiros do País. O aumento de passageiros navegando na costa brasileira nesta temporada deverá ser em torno de 6%, de acordo com estimativas do setor, em relação a 2019. Os cruzeiros nesta temporada vão circular até o dia 14 de abril.
A chegada do coronavírus preocupa muitos turistas que vão viajar em cruzeiros dentro e fora do Brasil, como na Europa, por exemplo, onde muitos países registram dezenas de casos.
Porém, de acordo com a CLIA Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), sem contar a situação do navio Diamond Princess no Japão, há mais 1 embarcação em 272 navios no mundo, sendo que outros casos suspeitos não se confirmaram.
Por isso, a CLIA elencou algumas medidas que estão sendo tomadas a bordo dos navios de cruzeiros de forma a tranquilizar e orientar os turistas. Segundo a Associação, o setor de coloca a segurança e a saúde das pessoas como prioridades máximas, além de gerenciar e monitorar as condições de saúde de passageiros e tripulantes.
Ainda segundo a Associação, as operadoras têm tomado precauções para realizar a triagem passiva e ativa dos passageiros e da tripulação quanto a doenças antes do embarque.
Confira algumas medidas implantadas, esclarecimentos e recomendações:
1. Os membros da CLIA Global estão negando embarques de pessoas que estiveram nos últimos 14 dias em países com grande intensidade de casos, como China, Coreia do Sul, Irã, Hong Kong, Macau e Cidades do Norte da Itália em quarentena.
2. Um questionário bem específico determina o histórico de viagens e de saúde de cada pessoa que vai embarcar. Se houver a necessidade, os médicos fazem a análise dos casos em loco, autorizando ou não o embarque dos hóspedes.
3. Os navios possibilitam a proximidade entre as pessoas, por isso, é feito um trabalho de triagem e acompanhamento minuciosos para que o vírus não entre nos navios.
4. Os navios de cruzeiros são os únicos a levarem um hospital junto com os hóspedes, além de médicos altamente capacitados, 24h por dia, 365 dias por ano, justamente para dar todo o suporte em qualquer necessidade.
5. A indústria de navios de cruzeiros é uma das mais bem preparadas pois já passou por outras crises que trouxeram melhores práticas. O treinamento e a preparação dos tripulantes seguem restrita regulação das autoridades mundiais e locais, tanto de segurança como de saúde.
6. As medidas aprimoradas estão se mostrando eficazes, o que permitiu que as operações de cruzeiros continuassem em muitas partes do mundo, embora com algumas mudanças de itinerário, assim como já acontece em situações meteorológicas e de mar desfavoráveis.
7. Os casos em que houve suspeitas de casos de coronavírus e que países negaram a atracação dos navios estão contra os acordos internacionais sobre política marítima, e até mesmo contra questões dos acordos de saúde internacionais.
8. As questões dos cancelamentos e penalidades estão sendo conduzidas pelas Cias Marítimas e seus clientes, por meio dos agentes de viagens. Segundo a CLIA, as associadas estão fazendo de tudo para resolver cada um dos casos.